ESCUCHAR AL DESIERTO (ESCUTAR AO DESERTO)
Videoinstalação
Residência Barda del Desierto
2015
A amputação das orelhas dos indígenas em troca de libras esterlinas, um
dos tantos procedimentos utilizados no plano de extinção dos povos
originários durante a chamada Conquista do Deserto, foi o dado
histórico inicial para o desenho de uma investigação poética
desenvolvida no deserto da localidade de Contralmirante Cordero
com o objetivo de reconstruir uma memória coletiva da história local.
Através de entrevistas, registros em vídeo e confecção de orelhas de
látex, a artista elaborou uma poética em torno deste membro, como
metáfora para evidenciar alguns aspectos silenciosos e silenciados
do deserto patagônico.
Carmen DiPrinzio
Curadora da Mostra de processos de obras da residência Barda del Desierto em 2015, Río Negro, Argentina.
*Escuchar al desierto foi realizado em 2015, durante a residência artística Barda del Desierto no deserto do Río Negro, na Argentina. Foi exibido uma única vez, como uma videoinstalação, na mostra Dislocaciones/Desplazamientos, que aconteceu em 2018 no Museo Nacional de Bellas Artes Neuquén, na Argentina. Acesse aqui o catálogo da mostra.
Marina Mayumi é artista visual, professora e pesquisadora. Doutora e Mestre em Educação pela Unicamp. Participante do Grupo OLHO – Laboratório de estudos audiovisuais. Sua tese aborda a relação entre cinema e educação a partir de propostas no campo do cinema expandido. Buscando evidenciar o território a partir de seus múltiplos atravessamentos sociais, culturais e as diversas camadas de sentidos nele presentes e pela artista deflagrados, sua investigação artística se dá por meio de diferentes linguagens: mapas afetivos, fotografia, vídeo, performance e intervenção urbana. Participou das residências artísticas: So on and so forth – Valparaíso, Chile, Curatoría Forense, 2012; Residencia Barda del Desierto #1 e #4, Rio Negro, Argentina, 2015 y 2018; Residência Arkane, Casablanca, Marrocos, 2019. Participou de mostras coletivas na Argentina, Espanha e Brasil.