Kassandra Kanibal

* Desenvolvida em 2015, a série Kassandra Kanibal parte da proposição de criar, sobre um fundo de ironia e perversidade, mitologias fantásticas através da imagem. Ali trabalhou até 2019 com essa temática, usando as linguagens da fotografia e da performance, uma boa pitada cênica e a incorporação de signos. O artista, inspirado pelas imagens da La Pocha Nostra (organização artística californiana sem fins lucrativos), queria “produzir algo que se deslocasse completamente da brancura hegemônica do Sul do Brasil e, portanto, da escola de artes” em que se formou em Porto Alegre. Em 2019, a série Kassandra Kanibal integrou a exposição individual de Ali Nada Explícito, com curadoria de Paola Zordan, na Galeria Augusto Meyer, em Porto Alegre/RS. Foi também exposta na individual ODOXÊ, com curadoria de Fernanda Medeiros, na BRONZE Residência, em Porto Alegre/RS; e na Mostra Coletiva do Prêmio Aliança Francesa de Arte Contemporânea, realizada em 2017, também em Porto Alegre/RS. A série é composta por 5 imagens de 54x80cm cada, impressas sobre papel fotográfico (tiragem de 15 unidades). A criação e a direção de câmera são de Ali do Espírito Santo e a montagem contou com a colaboração de Vinícius Rodrigues. 

Ali do Espírito Santo nasceu em Cuiabá-MT, mas vive, trabalha e estuda em Porto Alegre-RS. Graduado em Artes Visuais pela UFRGS, dedica-se à performance, à escrita e à criação de fotoimagens. Sua pesquisa se desdobra em suportes variados tendo temas como a hiperficção, as mitologias mágicas e a política como orientações de criação. Foi criador e gestor do projeto Casa Peiro (2015-2017). Em 2016 realizou residência com o grupo de performance La Pocha Nostra, tendo participado de diversas coletivas, entre elas A Sombra da Cruz, na Galeria Península, com curadoria de Gala Berger. Em 2018 participou da performance Capa Canal do artista Hector Zamorra na 17º Bienal do Mercosul, e no mesmo ano realizou o projeto Odoxê na Bronze Residência, sua segunda exposição individual. Em 2019, teve o projeto de exposição “Nada Explícito”contemplado pelo edital do IEAVI em 1o lugar, realizando então sua terceira exposição individual.