Edição | Desali
Som | Rafael Fernne
*BANK é de 2019 e fez parte da instalação FATALITY, criada em colaboração com o coletivo Videoardi e exibida na 13a edição do festival Verão Arte Contemporânea, realizada em 2019 no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) Belo Horizonte. Nos dias anteriores à exibição da instalação, o coletivo realizou uma ação de imersão nas ruas do entorno do CCBB, colhendo objetos para a serem incorporados na instalação e interagindo com a população de rua. O registro em vídeo desta ação foi projetado junto à outras imagens do acervo do coletivo. Mesclando ação colaborativa, vídeo e ready made, o coletivo estreita a distância entre a rua e a galeria, trazendo traços e memórias dos excluídos pra dentro do espaço cultural. BANK também já foi exibido na FAC (Festival Audiovisual de Cultura).
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Desali, formado em Artes Plásticas pela Escola Guignard (2009), transita por linguagens como a pintura, a fotografia, a ação performativa e o vídeo. Sua obra é marcada pela subversão das hierarquias, tanto artísticas quanto sociais. Atua para promover contato entre a periferia, as camadas sociais mais desfavorecidas, e o universo da arte, questionando as instituições artísticas tradicionais. É o criador da ação artística “Piolho Nababo”, uma galeria de arte itinerante que confronta os preceitos básicos do mercado de arte. Desde 2011, a “Piolho” opera sem curadoria, sem “cubo branco” e promovendo um comércio popular de obras. Realizou as exposições individuais “Alicerce”, na Galeria de Arte Sesiminas (2013) e “Vista-me enquanto não envelheço”, na Galeria Orlando Lemos (2014), ambas em Belo Horizonte; e participou de diversas coletivas. Foi selecionado para as residências “Dispositivo móvel”, no JA.CA Centro de Arte e Tecnologia, Nova Lima/MG (2015) e AGORA International Art Action, Bela Crkva, Sérvia (2016). Possui obras na coleção “Arte da cidade”, do Centro Cultural São Paulo (CCSP) e foi indicado ao prêmio Pipa em 2017, 2018 e 2019.