Prometendo fogo à Ártemis

*A série de fotografias Prometendo fogo à Ártemis é de 2014 e marca o início da produção de Ali do Espírito Santo envolvendo questões ficcionais. Na época, Ali e seu namorado Vinícius Rodrigues estavam gravando um filme, quando resolveram “que os personagens, imagens e etc. precisavam surgir na hora, digo, apenas quando fôssemos gravar”. As fotografias vêm desse processo. Por isso elas tem essa “‘áurea’ fílmica, de um contexto fictício meio sujo, estranho, um borramento da narrativa, mas que deixa evidente isso. E tem as questões de sexualidade também, o que forja mais essa dedução da estranheza da foto”. São personagens sugestivos de uma história que não foi contada já que o filme, que também leva o nome Prometendo fogo à Ártemis, ainda não ficou pronto. Prometendo fogo à Ártemis foi exposta uma única vez em 2016, na primeira individual de Ali Selvagem Hipnagogia, realizada na Sala Ado Malagoli no Instituto de Artes de UFRGS, em Porto Alegre. Na exposição, o artista misturou imagens forjadas, como as desta série, com imagens reais, trazendo questões bastante íntimas, relacionadas à violência e morte de alguns amigos.

Ali do Espirito Santo

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Ali do Espírito Santo nasceu em Cuiabá-MT, mas vive, trabalha e estuda em Porto Alegre-RS. Graduado em Artes Visuais pela UFRGS, dedica-se à performance, à escrita e à criação de fotoimagens. Sua pesquisa se desdobra em suportes variados tendo temas como a hiperficção, as mitologias mágicas e a política como orientações de criação. Foi criador e gestor do projeto Casa Peiro (2015-2017). Em 2016 realizou residência com o grupo de performance La Pocha Nostra, tendo participado de diversas coletivas, entre elas A Sombra da Cruz, na Galeria Península, com curadoria de Gala Berger. Em 2018 participou da performance Capa Canal do artista Hector Zamorra na 17º Bienal do Mercosul, e no mesmo ano realizou o projeto Odoxê na Bronze Residência, sua segunda exposição individual. Em 2019, teve o projeto de exposição “Nada Explícito”contemplado pelo edital do IEAVI em 1o lugar, realizando então sua terceira exposição individual.