Castelos de areia

Castelos de Areia . 2019
Vídeo monocanal, 1’30”
Trabalho de Bianca Barbato e Lucas Bambozzi
Castelos de Areia [versão para empenas cegas] . 2020/2021
Vídeo monocanal, 1’30”
Trabalho de Bianca Barbato e Lucas Bambozzi
Registro de intervenção urbana no Minhocão (Barra Funda/SP)

Do que fica quando a onda passa.

Prazeres fortuitos. Destruir, recomeçar, brincar. Lembrar, esquecer, (re)escrever.

* O vídeo Castelos de areia é um desdobramento da série de esculturas em latão fundido Castelinho (2019), da designer Bianca Barbato. Lucas conta que “a ideia nasceu a partir de um diálogo pontuado por perguntas como: ‘Há alegria possível no desmoronamento? O que fica quando uma onda passa?’. Desse diálogo inicial, um tanto metafórico e aberto mas basicamente verbal, surgiram outras questões, mais complexas, envolvendo pensamentos de Nietzsche, dualidades como construção e desconstrução, memória e esquecimento, e também o ato de brincar, prazeres fortuitos e a vontade de fazer algo juntos”. A dupla resolveu então “expandir essas questões para um diálogo efetivo entre o vídeo e a escultura, que juntos, formam uma instalação. São relações que se expandem, entre a rigidez do metal, a suposta imaterialidade do vídeo e a instabilidade das esculturas de areia expostas às ondas do mar”. A gravação foi feita na praia de Camburi, em São Sebastião/SP, durante uma residência do Grupo MOLA no Kaaysá, em Boiçucanga, também município de São Sebastião, em 2019. Como instalação, Castelos de areia foi exibido na galeria Rabieh em 2019, e numa exposição de design em Frankfurt, em 2020. Em formato vídeo monocanal, Castelos de areia foi projetado em empenas cegas na região do Minhocão na Barra Funda, no Imagecom, em 2020; e no projeto Palavras ao Vento, do AVXLab / Coletivo BF, em 2021, também no Minhocão. Projetado em grande escala no Minhocão, Castelos de areia ganhou novos significados. “Se a metáfora associada a ‘castelos de areia’ evoca proximidades com ‘palavras ao vento’, em uma consonância lúdica e poética com o título do projeto de exibição, foi curioso observar também, que no ambiente do Minhocão, em que atualmente vivem centenas de pessoas na condição de moradores de rua, o trabalho também enuncia a fragilidade das políticas públicas de apoio à moradia numa cidade como São Paulo”, diz Lucas.