Instalação composta por um colchão, um travesseiro e apoios de metal fixados sobre uma parede. O corpo performa um conforto irreal embalado por um som onírico que cada vez mais se torna eletrônico, mecânico e perturbador até cair no vazio do tempo. O corpo se equilibra, flutua, não se perturba. Está tudo bem.
Duração: 10 min.
* A série Confortável surgiu em 1994 quando, observando propagandas de colchão, Marco pegou-se pensando sobre a falsa promessa de paraíso colocada sobre um produto, uma selvageria do capitalismo. Assim, partindo das imagens das propagandas e as observando em ângulos distorcidos, passou a trabalhar em desenhos onde personagens encontram-se em posições desconfortáveis e o desenho em composições desequilibradas. Os desenhos, que medem 43×35,5cm, foram produzidos até 1996. Em 1998, o artista retomou a série, produzindo um múltiplo em serigrafia e Vacuum Forming (processo de termoformagem que transforma chapas de polímeros termoplásticos em peças tridimensionais, por meio de sistemas de sucção a vácuo) para o MAM-SP, obra que culminou na performance, criada em 1998 em Amsterdam, durante residência na Rijksakademie Van Beeldende Kunsten. A série foi apresentada também na Paraplu Fabric- Arnhem (Holanda), em 1999, e na Galeria Vermelho (São Paulo), em 2004 .
Marco Paulo Rolla (São Domingos do Prata, MG, 1967) é artista multidisiplinar desde 1987, Mestre em Artes pela Escola de Belas Artes da UFMG e Bacharel em Artes pela mesma instituição. Foi residente na Rijksakademie van Beeldende Kunsten (Holanda), em 1998 e 1999. Desde 2001 é criador, coordenador e editor do CEIA – Centro de Experimentação e Informação de Arte (www.ceiaart.com.br). Realizou exposições individuais no Brasil, Alemanha, Argentina e Holanda. Participou de exposições coletivas no MAM do Rio de Janeiro; MAM de São Paulo; Rohrbach Zement, Alemanha; Muu Gallery, Finlândia; na Foundazione Pistoletto, Italy; no Haarlem Museum, Holanda, entre outras. Em 2010, participou da programação de performance da 29A Bienal de São Paulo. Ganhador do Premio Aquisição do Salão Nacional da FUNARTE e do Premio Edgard Gunther do MAC de São Paulo. Em 2015, integrou o grupo de performers convidados da “Terra Comunal”, de Marina Abromovic, no SESC São Paulo. Seus trabalhos encontram-se em coleções como a do MAM de São Paulo, Instituto Itaú Cultural, Museu de Arte da Pampulha, Inhotim e Dragão do Mar (Fortaleza). Desde 2009, é professor da Escola Guignard, onde criou as disciplinas de performance e é orientador e curador da Mostra Perplexa.