vence demanda

Lamarca (2019)

Escola de ECO guerrilha A.P.N.: Lamarca coletas (2019)

A.P.N. (2021)

A.P.N. Manual de Ação Urbana (2022)

*O vídeo Lamarca, de Desali, apropria-se de cenas de filmes em VHS – em especial do Lamarca (1994), dirigido por Sérgio Rezende – e de imagens da internet retratando a ocasião em que o Bozo, então candidato à presidência, leva uma facada em meio à multidão na rua. O som é uma mixagem do áudio do filme Lamarca com efeitos criados pelo artista. Lamarca, assim como o segundo vídeo desta publicação, Escola de ECO guerrilha A.P.N.: Lamarca coletas, foi concebido durante uma residência artística na Silo Arte e Latitude Rural, localizada na Serrinha do Alambari, em Resende/RJ. Em 2019, ambos os vídeos passaram a integrar a instalação Óleo de tijolo: Lamarca Coletas, apresentada no Festival Novas Frequências, no Parque da Cidade, em Barra Mansa/RJ. Em 2020, a instalação foi parte da exposição individual de Desali Pele Fera, que apresentou todo o processo de criação iniciado em Resende, na Galeria Athena, Rio de Janeiro. Lamarca foi publicado também na mostra do acervo HIPOCAMPO #8, em outubro de 2020. A.P.N., terceiro vídeo desta publicação, foi exibido na Temporada QI (Quartas de Improviso) 195, em Belo Horizonte; no Salão Nacional de Artes de Itajaí, em 2021; e na Mostra Periferia Cinema do Mundo, no Cine Santa Teresa, em Belo Horizonte, em 2021. Por fim, A.P.N. Manual de Ação Urbana integrou a mostra O Cru e o Cozido, com curadoria de Luana Quintella, na Galeria Athena, em 2022. A.P.N. significa Aliança Periférica Nacional. Os quatro vídeos exibidos nesta publicação integram a série vence demanda, que gira em torno do que Desali chama de guerrilha periférica, e estão sendo exibidos juntos pela primeira vez aqui.

Desali, formado em Artes Plásticas pela Escola Guignard (2009), transita por linguagens como a pintura, a fotografia, a ação performativa e o vídeo. Sua obra é marcada pela subversão das hierarquias, tanto artísticas quanto sociais. Atua para promover contato entre a periferia, as camadas sociais mais desfavorecidas, e o universo da arte, questionando as instituições artísticas tradicionais. É o criador da ação artística “Piolho Nababo”, uma galeria de arte itinerante que confronta os preceitos básicos do mercado de arte. Desde 2011, a “Piolho” opera sem curadoria, sem “cubo branco” e promovendo um comércio popular de obras. Realizou as exposições individuais “Alicerce”, na Galeria de Arte Sesiminas (2013) e “Vista-me enquanto não envelheço”, na Galeria Orlando Lemos (2014), ambas em Belo Horizonte; e participou de diversas coletivas. Foi selecionado para as residências “Dispositivo móvel”, no JA.CA Centro de Arte e Tecnologia, Nova Lima/MG (2015) e AGORA International Art Action, Bela Crkva, Sérvia (2016). Possui obras na coleção “Arte da cidade”, do Centro Cultural São Paulo (CCSP) e foi indicado ao prêmio Pipa em 2017, 2018 e 2019.