* O vídeo Rosto de Álcool é parte da instalação de mesmo nome, que integrou a exposição coletiva Ninguém me dirá quem sou nem saberá quem fui, realizada na Galeria MamaCadela, em Belo Horizonte, em 2017. O título da exposição foi retirado de um poema de Fernando Pessoa do Livro do desassossego: uma reflexão sobre o lugar do sujeito em meio às conturbações de um mundo caótico.
Desali, formado em Artes Plásticas pela Escola Guignard (2009), transita por linguagens como a pintura, a fotografia, a ação performativa e o vídeo. Sua obra é marcada pela subversão das hierarquias, tanto artísticas quanto sociais. Atua para promover contato entre a periferia, as camadas sociais mais desfavorecidas, e o universo da arte, questionando as instituições artísticas tradicionais. É o criador da ação artística “Piolho Nababo”, uma galeria de arte itinerante que confronta os preceitos básicos do mercado de arte. Desde 2011, a “Piolho” opera sem curadoria, sem “cubo branco” e promovendo um comércio popular de obras. Realizou as exposições individuais “Alicerce”, na Galeria de Arte Sesiminas (2013) e “Vista-me enquanto não envelheço”, na Galeria Orlando Lemos (2014), ambas em Belo Horizonte; e participou de diversas coletivas. Foi selecionado para as residências “Dispositivo móvel”, no JA.CA Centro de Arte e Tecnologia, Nova Lima/MG (2015) e AGORA International Art Action, Bela Crkva, Sérvia (2016). Possui obras na coleção “Arte da cidade”, do Centro Cultural São Paulo (CCSP) e foi indicado ao prêmio Pipa em 2017, 2018 e 2019.